Será que vai funcionar?
Então você passou muitos anos pagando seu carnê do INSS para construir sua aposentadoria, mas será que você está fazendo isso direito?
Muitas pessoas têm recolhido o tal carnê do INSS (que não necessariamente é aquele carnêzinho de capa laranja adquirido em papelarias), e a recomendação mais frequente que vemos por aí é que você deve recolher no mínimo 11% do valor do salário mínimo por mês para ter direito de se aposentar.
Se você se enquadra nessa situação, se segure na cadeira, pois lhe informo que este recolhimento de 11%, NÃO conta para efeito de direito de aposentadoria por tempo de contribuição, apenas lhe garante o direito a estar assegurado pelo INSS (em caso de acidentes, licenças e etc…) bem como lhe garante também o direito de aposentadoria por idade no valor de 1 salário mínimo por mês.
E agora? Calma, é necessário respirar fundo e corrigir o erro. Não acredito ser viável recolher complementos dos pagamentos já efetuados, por conta própria (mesmo porque nesta modalidade, se utilizou o código de recolhimento de GPS diferente, o que pode causar o não reconhecimento do complemento pelo INSS), porém a recomendação é que você mude urgentemente a forma de seu recolhimento, passando a pagar no mínimo 20% do salário mínimo, o que hoje daria no mínimo uma mensalidade de R$ 242,40 (1.212 x 20% no ano de 2022), seguindo o modo de preenchimento da GPS da seguinte forma:
Código 1007 – Se for Contribuinte individual mensal que presta serviço para pessoa física;
Código 1406 – Se for Segurado Facultativo mensal.
Mas caso você já tenha recolhido o carnê do INSS por muitos e muitos anos pela sistemática dos 11% e deseja complementar os recolhimentos, de modo que aqueles pagamentos contem para sua aposentadoria por tempo de contribuição, o melhor a se fazer é agendar um atendimento presencial pelo telefone 135 ou pelo app “Meu INSS” e poderá ser aberto um processo administrativo com procedimentos seguros, caso a caso, para identificação de pagamento desses complementos.
É como dizem amigos (as): “a verdade dói, mas liberta”, neste caso ou dói no bolso ou dói pelo desapego, mas importante mesmo é ter a informação correta e confiável para não continuar errando.
Um grande abraço!